Sabemos que o uso das tecnologias
na educação pressupõe uma produção científica, artística, investigativa. Não importa aqui, se essa tecnologia é um hardware
ou um software, só sabemos que seu direcionamento tem como base – ou deveria
ter ao menos – uma atitude criadora. As tecnologias são frutos do conhecimento
humano, construído historicamente.
Ironicamente, é da mesma atitude
criadora no ensino-aprendizagem, que nasce o processo artesanal, feito a mão,
fora dos moldes industriais, carregados de sentidos culturais próprios, livres
da competição do consumismo, do ser consumido, de nascer para o mercado.
É nesse sentido que trazemos o
artesanal aqui: como algo especial, único – sendo coletivo ou pessoal –
embriagado de uma essência simbólica, expressa na forma, na técnica, nos
recursos utilizados etc.
No processo criativo de dinâmicas
com tecnologias na educação o fazer artesanal tem destaque. Seja na criação de
um cenário, de personagens, de figurinos, de maquiagem, utensílios etc.
Interagem todo o tempo as máquinas
e seus dispositivos, os softwares e seus aplicativos com o mundo artístico,
imaginário, cheios de identidades que
mesclam-se num só processo de criação, de forma que torna-se um estilo próprio
do amadorismo.
E, amadorismo aqui, não contrapõe o profissional, mas está
de acordo com ato de criar, produzir, simplesmente por amar – como nos lembrou o amigo Ricardo Graça,
autor do livro de Animação e Softwares Livres.
Por isso, a produção artesanal por si só é carregada de
afetividade. Não impõe a sua linguagem ao processo tecnológico, mas dialoga e
complementa uma forma de criação que tem como eixo, a experimentação.
Experimentar, dialogar, colaborar e humanizar as tecnologias
é um papel atribuído as manifestações artísticas contemporâneas. Entretanto, cabe uma reflexão:
quais os critérios definidos para dizer se um artefato artístico ou
tecnológico é ou não humano?
Talvez o seu
direcionamento e a compreensão de que as novas idéias não anulam as
antigas...só as complementam, por mais divergentes que sejam.
Concluindo – por enquanto - , está intrínseco os processos
artesanais no uso criativo das tecnologias
na educação. Ou não! =) o que você acha?


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