domingo, 8 de abril de 2012

Stop Motion fazendo exercícios de Dicção I

Para trabalharmos voz e expressão nos personagens, nada melhor, como buscar métodos para aprimorar a comunicação. Por isso hoje, dedicamos as atividades aos exercícios de dicção.  Caçamos alguns da internet - os mais populares - e começamos o treino com os nossos atores de massa. 
Entre tantas opções de exercícios, selecionamos três para nos dedicarmos aos estudos. 
O processo que mostraremos a seguir, corresponde a um exercício famoso que é o do do lápis (ou caneta). Coloca-se o lápis na boca e tenta ler um texto, com este obstáculo. Esse exercício ajuda para soltar a língua e melhora a dicção. 

A pesquisa de hoje, envolve uma série de possibilidades:

  1. experimentar a voz no personagem de massa, começando com movimentos simples da boca - o obstáculo do lápis, facilita a sincronização da imagem e do áudio.
  2. experimentar o exercício de fato, testando a voz, brincando e manipulando o áudio;
  3. se tratando de uma pesquisa na sala de aula, esta experiência ainda pode contemplar a escolha do texto, poesia, música a ser recitada, cantada e lida pelo personagem;
  4. entre outras! =)
Vamos ao processo?

Primeiro, fizemos o personagem e as suas boquinhas no estilo "macarrão" para trocarmos a cada movimento.
Fizemos boquinhas mais carnudas para que pudesse mostrar mobilidade mesmo com a interferência física e visual do lápis.

Depois, fizemos a sequência de imagens que contou com 33 fotografias. Fizemos três combinações diferentes com essas fotografias no PhotoFilmStrip gerando três arquivos de vídeos diferentes.

 Experimentamos também o efeito Roll que, não deu certo, nada a ver com o nosso objetivo de hoje.
 Num dos arquivos, brincamos com o raio, o foco nas imagens e aproximamos mais do personagem dando a ideia de um outro ângulo.

 Depois dos três arquivos preparados, passamos para o áudio e fizemos a gravação de fato com uma caneta na boca, do lindo poema de Fernando Pessoa, Autobiografia.

Com áudio e vídeos criamos o nosso projeto no Openshot e compomos o nosso audiovisual, em que experimentamos a sincronização de voz e imagem.

 Autopsicografia
                                   
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa

Aqui, o primeiro resultado da nossa brincadei..., pesquisa de hoje! =)

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